quarta-feira, 10 de junho de 2009

Hormonas Vegetais

Perguntamo-nos como se dá o crescimento das plantas…
A resposta é simples. Graças a estímulos como a luz, a gravidade ou contacto com outras plantas ou objectos as plantas, executam uma variedade de movimentos. Através dos movimentos e experiências pode-se chegar a conclusão da existência de hormonas vegetais.
Definem-se hormonas vegetais ou fito-hormonas, por substâncias orgânicas, que actuam em quantidades diminutas, sintetizadas em certas zonas da planta, podendo ser transportadas para outros locais, onde poderão provocar varias reacções.
Dá-se o nome de coleóptilo a primeira porção de planta que aparece à superfície do solo. Este desenvolve-se segundo a luz. Se a sua intensidade for constante, a planta irá-se desenvolver na vertical, se for iluminada lateralmente os coleóptilos irão crescer na direcção da luz, curvando-se.
Podem considerar-se 5 tipos de hormonas, e cada tipo inclui várias hormonas:
Auxinas
. Estimulam o alongamento celular;
. Estimulam a formação de raízes;
. Intervêm na floração e frutificação em certas plantas;
. Induzem a partenocarpia (fecundação);

Giberilinas
. Estimulam o crescimento das plantas;
. Actuam sobre o alongamento dos órgãos;
. Promovem a partenocarpia (fecundação) em algumas espécies;
. Interrompem a dormência de sementes e gomos em algumas espécies;

Citocininas
. Promovem a iniciação celular e a proliferação dos gomos;
. Inibem a formação de raízes;
. Retardam a queda das folhas
. Estimulam a germinação das sementes;
. Induzem a partenocarpia (fecundação);

Ácido Abscísico
. Promove a abcisão (caída) de folhas e frutos;
. Promove a dormência e inibe a germinação das sementes;
. Atrasa o crescimento e a senescência (envelhecimento);

Etileno
. Acelera o amadurecimento dos frutos e a abcisão (queda) de folhas e frutos;

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sistema nervoso e regulação nervosa

No sentido de responder, de forma rápida, às alterações do ambiente e de manter o equilíbrio do seu meio interno, os animais desenvolveram um conjunto de células, tecidos e órgãos que constituem o sistema nervoso.

A unidade do sistema nervoso é a célula nervosa - o neurónio.

Os neurónios são células altamente estimuláveis, capazes de detectar pequenas alterações do meio. Em resposta a estas variações, verifica-se uma alteração eléctrica, que percorre a sua membrana.

Estas alterações eléctricas constituem o impulso nervoso.

Os neurónios apresentam um corpo celular e dois tipos de prolonga­mentos citoplasmáticos - dendrites e axónios.

As dendrites são prolongamentos finos, geralmente ramificados, que recebem e conduzem os estímulos provenientes do ambiente ou de ou­tras células nervosas até ao corpo celular.

O axónio é, geralmente, uma fibra fina e longa, com um diâmetro rela­tivamente uniforme e cuja função é transmitir os impulsos nervosos pro­venientes do corpo celular. Nos Vertebrados, e em alguns Invertebrados mais complexos, o axónio é coberto por uma bainha isolante de mielina.

O conjunto do axónio e da bainha de mielina que o envolve designa-se fibra nervosa. As fibras nervosas reunidas em feixes envolvidos por uma capa de tecido conjuntivo constituem os nervos.
Todas as células, e de forma particular os neurónios, apresentam diferen­ças de concentração de iões entre a face interna e a face externa da sua membrana citoplasmática.

O fluido extracelular que rodeia os neurónios apresenta elevadas concen­trações de Na+, mas baixa concentração de IO. Por outro lado, no meio intracelular existe uma elevada concentração de K+, mas baixa concentração de Na+. Como o citoplasma dos neurónios contém, proporcionalmente, menor quantidade de iões positivos do que o fluido extracelular, a superfí­cie interna da membrana apresenta carga eléctrica negativa, enquanto que a face externa apresenta carga eléctrica positiva. Desta forma, gera-se uma diferença de potencial eléctrico entre as duas faces da membrana - poten­cial de membrana - que, quando o neurónio não está a transmitir impul­sos, é da ordem dos -70 mV (milivolts) - potencial de repouso. O sinal nega­tivo indica que o interior da célula tem carga global negativa, relativamen­te ao exterior.

Na membrana celular, existem canais que permitem a passagem de K+ e Na+ de forma passiva. Quando o neurónio está em repouso, estes canais encontram-se fechados, abrindo-se quando a célula é estimulada. Quando um neurónio é atingido por uni determinado estímulo, os canais de Na+ abrem-se, conduzindo a uma rápida entrada de Na+ para a célula. Esta brusca entrada de iões positivos faz com que o potencial de membrana passe de -70 mV para + 35 mV. Esta alteração de diferença de potencial designa-se despolarização. Esta rápida alteração do potencial eléctrico, que ocorre durante a despola­rização, designa-se potencial de acção e é da ordem dos 105 mV (de -70 mV para + 35 mV).

A estimulação de um neurónio obedece à lei do "tudo ou nada". Isto significa que o estímulo tem de ter uma determinada intensidade para gerar um potencial de acção. O estímulo mínimo necessário para desen­cadear um potencial de acção designa-se estímulo limiar. Uma vez ultra­passado esse estímulo limiar, e portanto estimulado o neurónio, o poten­cial de acção é igual, independentemente da intensidade do estímulo.

O potencial de acção, que se gera na área da membrana estimulada, propaga-se à área vizinha, conduzindo à sua despolarização. Verifica-se, então, uma sucessão de despolarização e repolarização ao longo da mem­brana do neurónio.

Esta onda de despolarização/repolarização constitui o impulso nervoso.

A propagação do
impulso nervoso faz-se num único sentido - das dendrites para o axónio.

Homeostasia

Todos os sistemas biológicos, desde a célula ao ecossistema, constituem sistemas abertos, pois realizam trocas de energia e de matéria com o exte­rior, das quais depende a sua sobrevivência.

As trocas que um ser vivo realiza, com o meio, desde a entrada de nutrien­tes à saída de produtos de excreção, assim como constantes trocas de ener­gia, conduzem a mudanças constantes nos seus componentes. Contudo, os seres vivos possuem mecanismos que equilibram as alterações induzidas pelo meio externo, para que exista uma constância do meio interno. Esta constância, designada homeostasia, traduz a existência de um equilíbrio dinâmico nos sistemas biológicos.

Quando a homeostasia é rompida, o sistema biológico entra num estado de desagregação, chamado doença. Se os mecanismos homeostáticos conse­guirem repor o equilíbrio, o estado normal é restabelecido. Caso contrário, o sistema biológico encontra o seu fim, advindo a sua morte.

No sentido de evitar a perda de homeostasia, a actividade dos órgãos é con­trolada e regulada, respondendo às alterações, quer do meio interno, quer do meio externo, através de mecanismos de retroalimentação ou feedback.

Nos sistemas biológicos, a regulação faz-se, na maioria dos casos, por re­troalimentação negativa. Contudo, o mecanismo de feedback positivo tam­bém está presente nos sistemas biológicos, embora de uma forma mais rara. Em vez de reverter o sistema para um determinado ponto, a retroali­mentação positiva amplifica a resposta. Um exemplo é o do comportamento sexual, no qual uma pequena estimulação pode desencadear um comporta­mento que conduz a uma maior estimulação e assim sucessivamente.

Conclui-se facilmente que o feedback positivo não é utilizado por siste­mas reguladores que pretendam manter a estabilidade.

Nos animais, os mecanismos de feedback, que garantem a manutenção da homeostasia, são assegurados pelo sistema nervoso e pelo sistema hormonal (ou endócrino).

Vídeos acerca da regulação hormonal



sexta-feira, 5 de junho de 2009

Constituintes do sangue e Sistema circulatório (esquema)





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Sistema de transporte (esquema)


Fluídos circulantes

Os fluidos circulantes são veículos de transporte, distribuição e remoção de diversas substâncias, uma vez que permitem o intercâmbio de substâncias entre as células e o meio.Nos vertebrados existem dois tipos de fluidos circulantes: o sangue e a linfa (intersticial e circulante).

Sangue:
- É formado por plasma ( plasma líquida ) e elementos figurados ( hemácias ou eurotrócidos ou glóbulos vermelhos; leucócitos ou glóbulos brancos; e plaquetas sanguíneas ou trombócios);

- È um fluido que circula ( em cavidades ou vasos sanguíneos ) pelo corpo todo, impulsionado pelo coração;
- Desempenha principalmente uma função de transporte: gases ( dióxido de carbono e oxigénio ), nutrientes, produtos de excreção azotados, hormonas, através do plasma e da hemoglobina
- Garante ainda um equilíbrio hidríco e osmótico do organismo ( uma vez que se mantem em isotonia com o líquido estracelular dos outros tecidos ) e o equilíbrio ácido-base impedindo grandes variações de pH, pelo chamado efeito de tampão;
- Participa no mecanismo termo-regular ao distribuir o calor por todo o corpo durante a circulação;
- Tem também, no organismo, uma acção protetora contra corpos estranhos, devido a presença de glóbulos brancos.


Linfa:
- É um líquido esbranquiçado, rico em gorduras e de constituição semelhante à do
sangue, que circula no interior dos vasos do sistema linfático;
- É um tecido relacionado com o sangue. Forma-se a partir dele, banha as células, com as quais realiza troca de substâncias, e regressa de novo ao sangue;
- Nos tecidos, em contacto com as células, diz-se linfa intersticial (constituída por plasma, os materiais nutritivos e alguns leucócitos que saem da corrente sanguínea e passam a envolver as células);
- Serve de intermediário entre as células e o sangue, pois, estando em contacto directo com os tecidos é com ela que as células realizam as trocas de substâncias que lhes são indispensáveis;
- Participa no transporte dos produtos resultantes da digestão das gorduras absorvidas nas vilosidades intestinais;
- Faz parte do sistema imunitário, estando envolvida na defesa do organismo.